Hoje vamos falar sobre a alimentação dos nossos ancestrais! O estudo feito pelo Dr. Loren Cordain, publicado no American Journal of Clinical Nutrition, contribuiu para a construção de um Atlas Etnográfico sobre as sociedades caçadoras-coletoras e seu respectivo consumo de fontes de alimento animal versus fontes vegetais. Em média, dentre as 229 sociedades tradicionais pesquisadas, a dieta consiste de 55% a 65% de fontes derivadas de animais vs. 25% a 35% de fontes vegetais. Mais de 73% da dieta das sociedades tradicionais consiste em mais de 50% de fontes de alimentos animal, enquanto menos de 14% das sociedades tradicionais consomem menos de 50% de sua dieta de fontes animais.
Baseando-se na porcentagem de subsistência de alimentos de fonte animal vs. fonte vegetal foi possível estimar o conteúdo de ingestão de macronutrientes dessas dietas. Uma típica dieta tradicional consiste em um consumo de proteína em torno de 19% a 35% do total de energia consumida (calorias), sendo que o resto consiste principalmente em gordura (aproximadamente 50%) seguido de carboidratos (aproximadamente 28%). Nossa dieta ancestral, portanto, é classificada como além dos padrões da FDA (Food and Drug Administration – órgão que estabelece a quantidade diária recomendada de alimentos). Neste blog questionamos a validade sua recomendação e apoiamos o argumento de que uma dieta baixa em níveis de proteína e alta em carboidratos para a maioria das pessoas é nociva e tem implicações sérias para a saúde delas.
A dieta atual da maioria dos países ocidentais não corresponde a dieta dos nossos ancestrais dentro do contexto evolucionário, o qual tem moldado nossos genes a mais de 2 milhões de anos. Como resultado de inúmeras pesquisas antropológicas e epistemológicas(como esta) é possível concluir que quando o consumo de proteína é reestabelecido para o nível ao qual estamos geneticamente adaptados, a saúde em geral é reestabelecida, pois assim também reestabeleceríamos a proporção de gorduras em nossa dieta. Não obstante, quando o nível de proteína está além da faixa de 19% a 35% (o que é bem difícil para a maioria das pessoas, sendo que seria necessário consumir somente carnes magras o dia todo) ocorre o que é chamado “rabbit starvation”, quando morremos de fome devido à intoxicação por excesso de proteína em nossa dieta, como a própria expressão sugere (Morte por se alimentar somente de coelhos).
Agora, alguns de vocês podem estar questionando se o fato de nossos ancestrais consumirem em torno de 50% de alimentos de fonte animal é saudável. E a resposta para essa pergunta será explorada mais adiante em nossos próximos posts, onde traremos evidências de que de fato somos mais saudáveis se consumirmos quantidades suficientes de carnes de alta qualidade.
Hoje desejo à vocês uma bela carne orgânica suculenta para o almoço!
Abraços.
Referências
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2 Comments
Ótimo artigo, mas é muito difícil encontrar uma fonte animal orgânica nos grandes centros urbanos, quando há a oferta, ela acaba fugindo do poder aquisitivo de grande parte dos brasileiros que querem aderir a uma alimentação paleo/primal.
O que vocês acham sobre isso, Caio e Bruna?
A maior parte do gado no Brasil é criado a pasto… Muito melhor que os EUA em geral…Muitas vezes não é finalizado a pasto, o que altera um pouco o perfil dos ácidos graxos…